Sketchbook do artista Ellsworth Kelly
1) Já ouviram falar de boyfriend sickness? É aquela abandonada que sua amiga/o te dá quando começa a namorar alguém. WSJ fez até matéria sobre essa “doença” que atinge muito mais gente do que se imagina. Güenta, coração!
2) Sempre me emociono com tudo que diz respeito a Maurice Sendak, seus livros, suas entrevistas, suas falas. Nessa matéria do NYTimes, adorei ver a casa dele, que está intacta desde que ele faleceu. O acervo guardado lá tem mais de 15 mil desenhos originais do autor e pode ser visitado por artistas e estudiosos, sob agendamento.
3) Ganhei no Natal passado um livrinho muito divertido — e útil, de fato! — sobre como navegar pelo mundo das artes. How To Not Fuck Up Your Art World Happiness, de Christoph Noe, tem ótimas sugestões e a gente devora em minutos. Escolhi uma dica para compartilhar aqui, traduzida livremente:
#16 Make it Real:
Embora eu aconselhe evitar ser ignorante, há um equilíbrio delicado quanto à quantidade de feedback que você deve ouvir. Muitas pessoas estão interessadas demais no que os outros pensam, adaptando suas ações apenas para obter a aprovação dos outros.
Eu diria que um segredo hoje é diminuir o máximo de ruído possível. Existe este livro Alchemy: The Magic of Original Thinking in a World of Mind-Numbing Conformity, de Rory Sutherland, no qual ele propõe que a inovação só pode acontecer se não repetirmos sempre aquilo que já foi feito. Seja confiante! Faça sua própria proposta!
Para mim, é uma das sensações mais incríveis que há, quando algo que era apenas uma ideia se transforma em realidade. Criar algo é sempre mais legal do que não criar nada!
4) Vamos ver a Oprah Winfrey em SP? Os ingressos são carésimos, proibitivos, mas, assim como Caetano, Oprah é minha religião. Resolvi ir, ainda mais por ela estar no Brasil ao mesmo tempo que eu (isso é destino, gente). “De acordo com a organização do evento, Oprah irá compartilhar com o público detalhes de sua jornada pessoal e profissional e falará sobre os trabalhos à frente da Oprah Winfrey Network, sua companhia”, segundo o site Meio e Mensagem.
Sou muito fã dessa mulher — ela é inteligentérrima, escuta, sabe falar, consegue ser espiritual-sem-ser-zazaueira, tem empatia, simpatia e clareza. Estou animadérrima e não vejo a hora! Se ainda tiver ingresso, é aqui que compra.
5) Minha mais nova paixão: Elene Chantladze. A artista autodidata nascida em Tskaltubo, na Geórgia, pinta paisagens e retratos que são, ao mesmo tempo, familiares e fantasiosos. Pessoas e animais se misturando com flores, plantas e árvores. Chantladze usa desde tinta “tradicional” e carvão até materiais menos convencionais, como querosene, sucos e pratos de papel. Sua inspiração? Literatura popular e a própria história da arte. Beleza pura.
POLITICS, 2014, técnica mista sobre papelão, 38.5 x 28.5 cm
6) Não tenho maturidade para arte popular brasileira. Em minha última ida à Bahia, comprei cerca de 20 bowls de cerâmica queimada em forno a lenha, 1 panela de barro, além de outros cacarecos, que fazem minha rotina mais feliz. Por isso, fiquei aflita quando descobri essa loja online. Estou aqui já pensando, “como é que vou carregar esse leãozinho de volta pra NYC?”. Pior que sempre dou um jeito e nunca quebrou nada do que eu carreguei pra cá. Também nunca tive problemas na alfândega já que os preços estão dentro do permitido e minha casa vira, cada vez mais, um museuzinho dessas preciosidades. Esse simpático leãozinho abaixo é da região de Tracunhaém, em Pernambuco.
7) Talvez ter “a cabeça aberta” seja uma das características que mais admiro em alguém. Por isso, achei a imagem abaixo fantástica:
8) E essa informação? Segundo essa matéria da BBC sobre cidades no Ocidente, “em um dia, as pessoas das cidades ocidentais são expostas à mesma quantidade de data que alguém do século 15 teria encontrado durante toda a sua vida”. Socorro! É muita coisa para processar…
9) O Telegraph fez um perfil sobre Jonathan Anderson, “o rei — bilionário — da moda”. Brilhante, lucrativo, implacável: o estilista inglês transformou a Loewe em uma criadora global de tendências. Ao mesmo tempo, mantém sua marca própria JW Anderson e uma linha na Uniqlo.
Uma das curiosidades que a matéria conta é que ele queria ter sido ator! Estudou teatro em Washington e não passou nas auditions da The Juilliard School de NYC. Quando voltou para o lado de lá do Atlântico, tentou estudar na Central St Martins, mas também não foi aceito (olha aí um exemplo de que não podemos desistir por causa de nãos!). Acabou no London College of Fashion e foi trabalhar com Manuela Pravesi, na parte de visual merchandising da Prada. Além de querer vestir tudo que ele desenha, recomendo a leitura ;)
Clique aqui para ver sua famosa bolsa Puzzle.
Jonathan <3
10) A playlist de hoje é minha homenagem à temporada pisciana, cheirinho de primavera no ar depois de um longo inverno:
Gosto muito da postura de seguir a intuição(pensando nessa ideia de menos levar à sério tantos feedbacks). Eu sempre me arrependo quando não confio na minha intuição e deixo de fazer algo que no fundo "sabia" que deveria fazer, que eu estava indo por um bom caminho, seja qual for a esfera da vida. Gostei da sua reflexão. Menos ruídos e mais criações! rs
Seus posts são sempre um presente! Obrigada
Sobre esse leãozinho, arte popular brasileira da região de Tracunhaém, em Pernambuco. É interessante notar que não existe leão no Brasil...