A modelo russa Irina Shayk na passarela da Schiaparelli essa semana com seu vestido de leão. Antes que bata a aflição: não se trata de um animal empalhado — foi esculpido com espuma, lã, seda e depois pintado à
mão.
Foto: REX/Shutterstock
1) A inteligência artificial ChatGTP escreveu uma letra de música como se fosse do Nick Cave a pedido de um fã. O cantor australiano respondeu a ele em sua newsletter The Red Hand Files:
Mark, obrigado pela música, mas com todo o amor e respeito do mundo, essa música é uma besteira, uma zombaria grotesca do que é ser humano e eu não gostei muito dela - embora, espere !—, relendo, há um verso ali que diz ‘Eu tenho o fogo do inferno em meus olhos’ - 'no estilo Nick Cave', e isso é verdade. Eu tenho o fogo do inferno em meus olhos - e é esse ChatGPT.
2) A firma vietnamita de arquitetura Vo Trong Nghia Architects, na cidade Ho Chi Minh, revestiu o prédio de seu escritório com uma horta de vegetais, ervas e frutas. Já imaginaram que lindas ficariam as cidades se mais edifícios fossem verdes assim?
3) Nosso corpo é nossa casa. Desta vez em São Paulo consegui visitar minha fisioterapeuta favorita, Amanda Maluf. Ultra sabida, ela estudou desde biomecânica e RPG, até os métodos Souchard, Feldenkrais e Rolfing. Apesar de todo esse repertório, Amanda parece trabalhar com sua intuição — como se suas mãos tivessem raios-x e pudessem ver exatamente o que cada músculo do seu corpo precisa. Nas poucas sessões que fiz, já senti uma diferença radical na minha postura, nas práticas de yoga e ao caminhar (isso não é publi, juro!). Saí de lá mais alta e inspirada, pesquisando a nativa do Bronx, Ida Rolf — aos 14 anos fiz as dez sessões do método e minha postura melhorou muito! Olhem a Ida, que amor:
Ida Rolf (1896-1979): “o corpo é material sólido embrulhado em volta da respiração”
4) Vocês viram que Grease vai ganhar continuação em versão seriado? Rise of the Pink Ladies estreia 6 de abril e conta a vida das personagens alguns anos antes de se encontrarem na Rydell High School, cenário do longa de 1978. Quero ver bater a trilha sonora impecável do filme original. Aguardemos!
5) Essa dica é dos meus filhos para vocês: se quiserem se manter a par dos assuntos do momento, escutem o podcast CNN 5 Things. Cinco vezes por dia são lançados episódios de 5 minutos falando de 5 assuntos relevantes.
6) Estava no elevador do Farol Santander em SP, indo ver a exposição de André Feliciano (vai até 29/1!), quando ouvi a conversa da ascensorista com seu colega. Era sexta à noitinha e eles discutiam o que iriam beber mais tarde. Até que ela solta: “da última vez em que bebi todas, tatuei um frango no braço!”. Pedi até pra tirar uma foto:
7) A musa-urbanista Jane Jacobs (1916-2006) escreveu The Death and Life of Great American Cities em 1961. Dia desses li um trecho — traduzido e editado livremente abaixo — e fiquei comovida. Acho que a calçada é um dos motivos do meu amor por Nova York:
Na aparente desordem urbana há uma ordem maravilhosa que mantém a segurança das ruas e a liberdade da cidade. Trata-se de uma ordem complexa (…) que traz consigo uma sucessão constante de olhares. Essa ordem é composta de movimento e mudança. Podemos compará-la à dança – um intrincado balé no qual os dançarinos e grupos de pessoas têm papéis distintos que milagrosamente se reforçam e compõem um todo ordenado. O balé da calçada da cidade nunca se repete de um lugar para o outro, e é sempre cheio de novos improvisos. O trecho da Hudson Street onde moro serve de palco para um desses intrincados balés. Faço minha primeira entrada nele um pouco depois das oito, quando coloco a lata de lixo para fora -- certamente uma ocupação prosaica, mas gosto da minha participação, meu pequeno estrondo, enquanto a multidão de alunos do ensino médio passa pelo centro do palco derrubando embalagens de doces. (Como eles comem tanto doce tão cedo?). Enquanto varro as embalagens, observo outros rituais matinais: o Sr. Halpert destrancando o carrinho de mão da lavanderia, o genro de Joe Cornacchia empilhando os caixotes vazios da deli, o barbeiro trazendo sua cadeira dobrável para a calçada, o Sr. Goldstein arrumando as bobinas de arame que anunciam que a loja de ferragens está aberta, a esposa do zelador do cortiço depositando seu filho robusto de três anos com um bandolim de brinquedo na varanda -- ponto privilegiado de onde ele está aprendendo o inglês que sua mãe não fala.
Jane Jacobs (queria ter esbarrado com ela nas calçadas de NY!)
8) Para a turma de São Paulo, aviso: Gisela Projects vai participar da feira SP-Arte! Já anotem na agenda — de 29 de março até 2 de abril —, quero ver todo mundo lá! Teaser da vibe do nosso estande, uma pintura botânica e sensual de Ricardo Alves:
9) Smartphones, alertas e Insta-tudo diminuíram nossa capacidade de focar. Como se concentrar como se fossem os anos 90? Esse artigo do NYT tem as dicas: entenda o que está te distraindo, tire um break tecnológico e tente ler materiais impressos (só depois que terminar de ler essa newsletter!).
10) Por falar em anos 90… Passei uns dias na Bahia esse mês e a playlist de hoje mistura clássicos que gosto de ouvir quando estou lá com Shazams que dei em vários cantos — inclusive na balsa de Porto Seguro! Não resisti e inclui a versão breguelê do hit Linger, do The Cranberries, para finalizar. Nineties na veia :)
um mix de informação e dicas interessantes e gostosa de ler! u rock
Olha, esse cachecol de leão
Hummmmmm sei Nao