Gisela’s Hottest Takes

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Gisela's Hottest Takes #119

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GISELA GUEIROS
jun 19, 2025
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Gisela's Hottest Takes #119
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Amanhã é Solstício no hemisfério Norte — começo oficial do verão e dia mais longo do ano! — foto via Claire Walter


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1) Não sei se porque sou obcecada pela Bauhaus (escola de design alemã, que funcionou de 1919 a 1933 e pregava a união de todas as formas de arte valorizando o feito à mão) ou se são os efeitos do trabalho manual que compensam, de certa forma, o excesso de telas e digitalidades do mundo de hoje, fato é que adorei a exposição Woven Histories.

Em cartaz no MoMA até 13 de setembro, a mostra reuniu vários artistas por quem sou apaixonada — Sophie Taeuber-Arp, Sheila Hicks, Lenore Tawney, Gego, Sonia Delaunay, Rosemarie Trockel, Ruth Asawa, Paul Klee, Anni Albers, Martin Puryear e Olga de Amaral —, mas também “me apresentou” artistas que não conhecia e adorei — Ed Rossbach, Igshann Adams, Kay Sekimachi e Gunta Stölzl. Um gostinho:

Da esquerda pra direita: Sophie Taeuber-Arp, Olga de Amaral, Kay Sekimachi, Ed Rossbach, Gunda Stölzle, Rosemarie Trockel, Sheila Hicks, Igshaan Adams (as fotos não fazem jus… essa tapeçaria, por exemplo, é toda feita de perolinhas!), e Ann Hamilton

Trechos do texto do museu:

Os trabalhos têxteis tocam todos os aspectos de nossas vidas e nos conectam à história. "Os fios estavam entre os primeiros transmissores de significado", escreveu a artista Anni Albers em 1965. Woven Histories [Histórias Têxteis: Têxteis e Abstração Moderna] revela as ligações entre essa forma de arte e a abstração. Incorporando cestaria, vestuário e mais de um século de outras obras têxteis (…), sugerindo que não apenas ideias, mas também materiais — como tecidos, nós e trançados — são cruciais para sua compreensão e sucesso.

2) Tem uma entrevista ótima com o artista sul-africano William Kentridge no NYTimes, aqui. Adorei essa fala dele:

Há também uma outra coisa, que é o otimismo do próprio ateliê, ou do ato de fazer. Parece que não se pode evitar o otimismo no ato de fazer algo em vez de não fazer, porque isso implica um desejo de deixar uma marca, de deixar algo que é seu, mas que é mais do que você. Pode ser um otimismo equivocado, mas mesmo assim…

William Kentridge <3

3) Outro dia uma amiga contou uma história que merece ser compartilhada. Apesar de lógica, não é intuitiva.

Um rapaz no café pediu um iced coffee (não sei se esse modismo chegou ao Brasil, mas trata-se de um café com gelo que a turma aqui adora tomar quando o frio vai embora) e disse: “Por favor coloque só uma pedra de gelo porque não quero que o café fique muito aguado.

O atendente respondeu: se você não gosta dele aguado, o certo é por muito gelo. Isso faz com que o copo todo fiquei mais gelado e o gelo derreta menos!

De fato, uma pedrinha de gelo lutando contra um café fervendo derreterá (e deixará o café aguado) em segundos! Eu não tomo café com gelo, mas sou viciada em água com gás com gelo e limão. Instintivamente sempre pedi “muito gelo”, mas acho que só agora entendi o por quê.

Mmmm…

4) Em clima celebratório, fiz um curso relâmpago sobre Virginia Woolf e seu livro Mrs. Dalloway, que completou 100 anos recentemente. Numa das aulas, aprendi essa palavra grega fantástica que não conhecia:

Anagnorisis:

O ponto numa peça, novela, etc, em que o personagem principal descobre algo novo sobre sua própria natureza ou sobre a identidade de um outro personagem.

E adorei essa frase da Woolf:

Você não vai encontrar paz evitando a vida.

E, ainda nessa pauta, há uma campanha sugerindo que 13 de junho (dia em que se passa Mrs. Dalloway) deveria virar oficialmente o Dallowayday em Londres. Seria uma versão Woolfiana do Bloomsday, que celebra 16 de junho (dia em que se passa Ulysses, de James Joyce), em Dublin.

Por último, uma frase do livro Um Quarto Só Para Mim:

A ficção é como uma teia de aranha, talvez só um pouco presa, mas ainda presa à vida, em seus quatro cantos.

5) Fui assistir ao filme Materialists, com o elenco mais pop do momento — Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal. Trata-se de uma comédia romântica água com açúcar, perfeita para um domingo chuvoso!

O longa se passa em Nova York e conta a história da vida amorosa de uma cupido profissional que está em dúvida entre dois homens. A diretora Celine Song, de Past Lives, trabalhou como match maker quando tinha 20 anos e resolveu usar esse repertório no roteiro.

Como referência para o apartamento “mais pobrezinho”, o produtor usou fotos de onde morava o marido da diretora na época em que namoravam.

A revista NYMag fez uma matéria comparando o apartamento dos dois homens:

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